Fontes energéticas firmes não podem ser oneradas, destaca manifesto

Fontes energéticas firmes não podem ser oneradas, destaca manifesto

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Em manifesto entregue a parlamentares, o recém lançado Instituto Pensar Energia (IPE) defende “bom senso” para que as fontes de energia firme, como petróleo e gás natural, não sejam oneradas no processo de regulamentação da Reforma Tributária. O texto foi apresentado durante seminário A segurança energética, o Estado e a sociedade, realizado nesta quarta-feira (10), em Brasília.

A expectativa de participantes do evento é que haja ajustes no Projeto de Lei Complementar 68/2024, de regulamentação da Reforma Tributária. No manifesto, o IPE destaca que é preciso permitir que as fontes firmes “cumpram seu papel estratégico sem sobrecarregar a população brasileira, que já paga uma conta de luz cara e compra combustíveis a preços altos em decorrência de pesada carga de tributos, encargos e subsídios”.

Confira o texto na íntegra:

MANIFESTO PELA SEGURANÇA ENERGÉTICA DO BRASIL

O Instituto Pensar Energia expressa apoio à pauta de segurança energética do Brasil, promovida por meio de fontes de energia controláveis, que garantem um suprimento confiável de energia aos consumidores brasileiros, independentemente de fatores naturais, como o regime de chuvas, ventos ou radiação solar.

Para uma sociedade organizada e sustentável, a energia confiável a todo instante, com modicidade tarifária e uma transição energética justa, é um compromisso inegociável. O Brasil é um país dotado de diversos recursos energéticos complementares, em um cenário único no mundo, com abundância tanto em fontes renováveis quanto em combustíveis fósseis. Uma nação soberana não deve renunciar a seus recursos, visando gerar riqueza imediata para a população e contribuir com o desenvolvimento social.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2024, o Brasil deverá arrecadar cerca de R$ 90 bilhões em royalties e participações especiais de petróleo e gás natural, podendo chegar a R$ 106 bilhões em 2027 (+18%). Entre 2024 e 2028, estão previstos aproximadamente R$ 514 bilhões em investimentos na Fase de Produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Estudos do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indicam que o efeito multiplicador da indústria de Óleo & Gás é capaz de gerar 25 mil empregos (diretos e indiretos) a cada R$ 1 bilhão investido. Portanto, até 2028, espera-se a geração de quase 13 milhões de empregos diretos e indiretos com os investimentos já previstos pela ANP.

O mesmo se aplica a outros combustíveis fósseis nacionais que contribuem para a atividade econômica de suas respectivas regiões. A geração de emprego e renda é compatível com um Brasil fortalecido, dinâmico e que aproveita seus recursos energéticos para o bem-estar de sua população.

Por meio dos Leilões de Reserva de Capacidade na forma de Potência, organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes termelétricas controláveis continuarão a ser um elemento fundamental para garantir o suprimento confiável aos consumidores, evitando apagões, déficits e prejuízos à nossa economia.

Nessas circunstâncias, o bom senso parece recomendar que as fontes supridoras de segurança e confiabilidade energética não sejam oneradas no processo de regulamentação da Reforma Tributária, de modo a permitir que cumpram seu papel estratégico sem sobrecarregar a população brasileira, que já paga uma conta de luz cara e compra combustíveis a preços altos em decorrência de pesada carga de tributos, encargos e subsídios.

Fonte: Valor da Energia (10.07.24)

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Fontes energéticas firmes não podem ser oneradas, destaca manifesto

Em manifesto entregue a parlamentares, o recém lançado Instituto Pensar Energia (IPE) defende “bom senso” para que as fontes de energia firme, como petróleo e gás natural, não sejam oneradas no processo de regulamentação da Reforma Tributária. O texto foi apresentado durante seminário A segurança energética, o Estado e a sociedade, realizado nesta quarta-feira (10), em Brasília. A expectativa de participantes do evento é que haja ajustes no Projeto de Lei Complementar 68/2024, de regulamentação da Reforma Tributária. No manifesto, o IPE destaca que é preciso permitir que as fontes firmes “cumpram seu papel estratégico sem sobrecarregar a população brasileira, que já paga uma conta de luz cara e compra combustíveis a preços altos em decorrência de pesada carga de tributos, encargos e subsídios”. Confira o texto na íntegra: MANIFESTO PELA SEGURANÇA ENERGÉTICA DO BRASIL O Instituto Pensar Energia expressa apoio à pauta de segurança energética do Brasil, promovida por meio de fontes de energia controláveis, que garantem um suprimento confiável de energia aos consumidores brasileiros, independentemente de fatores naturais, como o regime de chuvas, ventos ou radiação solar. Para uma sociedade organizada e sustentável, a energia confiável a todo instante, com modicidade tarifária e uma transição energética justa, é um compromisso inegociável. O Brasil é um país dotado de diversos recursos energéticos complementares, em um cenário único no mundo, com abundância tanto em fontes renováveis quanto em combustíveis fósseis. Uma nação soberana não deve renunciar a seus recursos, visando gerar riqueza imediata para a população e contribuir com o desenvolvimento social. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2024, o Brasil deverá arrecadar cerca de R$ 90 bilhões em royalties e participações especiais de petróleo e gás natural, podendo chegar a R$ 106 bilhões em 2027 (+18%). Entre 2024 e 2028, estão previstos aproximadamente R$ 514 bilhões em investimentos na Fase de Produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Estudos do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indicam que o efeito multiplicador da indústria de Óleo & Gás é capaz de gerar 25 mil empregos (diretos e indiretos) a cada R$ 1 bilhão investido. Portanto, até 2028, espera-se a geração de quase 13 milhões de empregos diretos e indiretos com os investimentos já previstos pela ANP. O mesmo se aplica a outros combustíveis fósseis nacionais que contribuem para a atividade econômica de suas respectivas regiões. A geração de emprego e renda é compatível com um Brasil fortalecido, dinâmico e que aproveita seus recursos energéticos para o bem-estar de sua população. Por meio dos Leilões de Reserva de Capacidade na forma de Potência, organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes termelétricas controláveis continuarão a ser um elemento fundamental para garantir o suprimento confiável aos consumidores, evitando apagões, déficits e prejuízos à nossa economia. Nessas circunstâncias, o bom senso parece recomendar que as fontes supridoras de segurança e confiabilidade energética não sejam oneradas no processo de regulamentação da Reforma Tributária, de modo a permitir que cumpram seu papel estratégico sem sobrecarregar a população brasileira, que já paga uma conta de luz cara e compra combustíveis a preços altos em decorrência de pesada carga de tributos, encargos e subsídios. Fonte: Valor da Energia (10.07.24)

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Abastecimento de petróleo estará garantido até 2030, aponta IEA

Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA em inglês) indica que os mercados petrolíferos devem permanecer confortavelmente abastecidos até 2030. Segundo o documento, a produção mundial de petróleo deverá aumentar, aliviando as tensões do mercado. Intitulado “Petróleo 2024”, o relatório aponta que a procura global de petróleo em 2023 foi, em média, pouco superior a 102 milhões de barris por dia. A previsão é que ela se estabilize e alcance 106 milhões de barris por dia em 2030.  Ao mesmo tempo, a capacidade global de produção de petróleo deve ter aumento para cerca de 114 milhões de barris por dia até 2030, ou seja, 8 milhões de barris por dia acima da procura global projetada.  “As projeções deste relatório, baseadas nos dados mais recentes, mostram um grande excedente de oferta emergente nesta década, sugerindo que as empresas petrolíferas podem querer certificar-se de que as suas estratégias e planos de negócios estão preparados para as mudanças que estão a ocorrer”, afirmou o Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol.  O relatório aponta ainda que os produtores fora da OPEP+ deverão liderar a expansão da capacidade de produção global, representando três quartos do aumento esperado para 2030. Só os Estados Unidos deverão contabilizar 2,1 milhões de barris por dia, enquanto Argentina, Brasil, Canadá e Guiana contribuem com mais 2,7 milhões de barris por dia. Fonte: Valor da Energia (08.07.24)

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